Diante do cenário imposto pela pandemia, todas as instituições públicas ou privadas tiveram de se adaptar para dar prosseguimento aos eventos programados e para a adoção do teletrabalho sempre que possível. Isso foi inevitável também no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo. Essa nova situação condicionou os organizadores de eventos às soluções tecnológicas para manter o calendário de encontros anuais, parte fundamental para prosseguir com o essencial intercâmbio de conhecimentos. Assim, dado que os integrantes do projeto InterSCity são de vários locais do Brasil, ao invés de realizar workshops presencialmente, os pesquisadores vêm fazendo a exposição e discussão científica de seus trabalhos por meios digitais, superando as circunstâncias dos últimos meses.
Com vistas à ampla divulgação do conhecimento sendo produzido no projeto, serão também oferecidos seminários online e abertos ao público interessado nas próximas semanas com alguns dos temas já discutidos internamente entre grupos.
Os trabalhos serão apresentados nos meses de junho e julho, sempre das 16h às 17h00, nos dias:
Resumo: Smart environments congregam de forma inteligente informações essenciais para o monitoramento ambiental em centros urbanos; dessa forma apresentamos experiências reais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas no monitoramento de poluição do ar, sonora e desastres naturais com o uso da plataforma InterSCity desenvolvida no IME-USP, assim como a experiência atual no monitoramento da mobilidade como apoio ao combate à pandemia do novo Coronavírus, que é conduzido pelo Comitê de Crise do Governo de SP. |
Resumo: Iremos apresentar uma plataforma inovadora que estima as emissões atmosféricas geradas pelo transporte público a partir dos dados diários de movimentação dos ônibus, para auxiliar profissionais da área e a sociedade civil a acompanhar o cumprimento das metas de redução de emissões da nova licitação do transporte público paulistano. Veremos, em particular, como mudaram as emissões do transporte público em São Paulo durante o período da crise do COVID-19. |
Resumo: A visualização de dados de origem-destino é uma tarefa importante dentro do processo de análise da mobilidade urbana. Entretanto, visualizar grandes fluxos de movimentação impõe desafios em termos de escalabilidade visual e computacional. Uma abordagem para esse problema é o uso de bundling, uma técnica que agrupa fluxos espacialmente próximos e permite uma visualização simplificada dos dados. Nós apresentamos os resultados do uso de uma técnica de bundling recente em um grande conjunto de dados de São Paulo, permitindo a visualização de vários padrões de mobilidade na cidade. |
Resumo: A mobilidade urbana é um problema sério em grandes regiões metropolitanas. Em cidades como São Paulo, congestionamento são frequentes e os motoristas desperdiçam várias horas por dia apenas para se deslocar de casa para o trabalho. O excesso de veículos nas ruas das grandes cidades gera problemas consideráveis para profissionais como bombeiros e paramédicos, atrasando veículos de emergência durante os momentos mais críticos. Semáforos de tempo fixo agravam ainda mais essa situação. Neste trabalho, apresentamos uma proposta para controlar os semáforos de forma a reduzir o atraso do veículo de emergência no tráfego utilizando Redes de Petri Temporizadas no contexto de cidades inteligentes. |Acesse os slides e o vídeo da apresentação| |
Resumo: As bicicletas têm se tornado um modo cada vez mais viável e sustentável de transporte urbano em grandes cidades pelo mundo, inclusive em São Paulo. Diversos fatores têm contribuído para este aumento, entre eles a implantação de infraestrutura cicloviária e o surgimento de sistemas de compartilhamento de bicicletas. Tanto pesquisas como experiências de mercado apontam que ainda há muito espaço para expansão da bicicleta como meio de transporte. Para tanto, é cada vez mais relevante compreender seu comportamento e impacto no ecossistema da mobilidade urbana. Este trabalho insere-se neste contexto apresentando o perfil das viagens de bicicletas compartilhadas e particulares em São Paulo, bem como a calibração e a utilização do InterSCSimulator, um simulador de tráfego de larga escala. Os resultados indicam que a simulação gerou viagens que em sua maioria são próximas às viagens reais relatadas na pesquisa Origem Destino 2017 do Metrô de São Paulo. Isso indica que o modelo poderá ser usado para o planejamento cicloviário e para testar novos cenários de uso de bicicletas.
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Resumo: O uso de ferramentas avançadas de Ciências de Dados em Saúde Pública pode trazer importantes elementos para a elaboração de melhores políticas públicas para a saúde das cidades. No contexto de uma parceria entre o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e o projeto InterSCity, o presente estudo busca explorar a área de epidemiologia, com foco em duas doenças: Sifilis e Dengue. Desenvolvemos uma ferramenta para a análise exploratória da ocorrência de Sífilis no município do Rio de Janeiro. Na plataforma, é possível visualizar o número de mortes e casos ocorridos da doença nas seguintes formas: adquirida, congênita e gestacional. Além disso, estamos desenvolvendo dois modelos utilizando aprendizado de máquina. O primeiro deles calcula a probabilidade da criança nascer com sífilis dado que a mãe possui a doença. O segundo modelo busca prever os casos de dengue no município do Rio de Janeiro, considerando a sua série história e fatores ambientais como clima e precipitação. Iremos relatar as dificuldades que temos encontrado e os resultados preliminares obtidos.
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